sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Casar é a solução?

Mais um texto bonitinho que recebi por e-mail, mas não tinha autoria!

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Às vezes me pergunto por que passamos parte da nossa vida fazendo tudo às pressas, tudo correndo? Outras, quero compreender por que nos permitimos, por exemplo, gastar nosso tempo, nossa vida, com coisas que não têm solução, não fazem sentido.

A vida é rara, as relações um presente divino. Então, fica a questão: por que não conseguimos viver o que estamos vivendo? Por que deixamos tudo explodir para consagrar nosso sentimento de eternas vítimas? Muitos vão responder: “Não dá tempo! Tenho muito a fazer!”. Eles fogem do que poderia ser uma aventura: simplesmente viver.

Ficam até tarde no que chamam de trabalho. Empregam a maior parte da vida tentando solucionar o que não tem solução. Nesse sentido, não é a questão do quanto trabalham e sim do como trabalham. Estão todos anestesiados. Vivem com uma visão deturpada e quase sempre se pensam “casados” com a empresa – no pior sentido da palavra – naquele em que se lê: estou condenado a esta cadeira… Enfim, isso não existe.

O que é real são as pessoas acordadas, comprometidas com sua eficácia, seu sucesso, sua presença. O resto… Bem, o resto é bobagem. Assim também acontece nas relações. Queremos viver tudo de uma única vez, numa única noite, numa única comemoração!

Injuriados

Talvez por isso vamos encontrar tantos amigos frustrados, revoltados, chateados com seu parceiro, com a vida, com o relacionamento.

Um amigo, outro dia, estava descrente de tudo. Havia passado meses programando a festa de aniversário de dez anos de casamento. Fez tudo – ou melhor – fez muito mais do que deveria para que desse certo. E para que tudo saísse bem, acabou por ficar seis meses ausente da relação e ocupado demais com a comemoração. O problema é que quando o grande dia chegou, nada foi como havia planejado. Suas expectativas estavam muito além do possível e sua parceira ainda estava magoada com o descaso dos meses anteriores

Estar casado é mais que uma sucessão de eventos. Demanda presença, cuidado, aliança. E, infelizmente, a urgência cega. Muitos se Casam sem saber exatamente o significado da decisão. Precisam resolver um algo que, na maioria das vezes, não tem nada a ver como parceiro.

Despreparados

Decidem e vão para o altar, sem nem mesmo ter estressado a discussão sobre as coisas que contam.: vão ter filhos, isto é, querem ter filhos? Vão trabalhar – ambos? Como serão rateadas as despesas? Os amigos comuns e os amigos pessoais cabem na relação? A casa – como será, quem cuidará das tarefas do dia a dia? Quem se encarregará das contas, do cachorro, do gato? E quando as crianças chegarem, quem fará o quê? Estarão preparados?

De fato, nunca vamos estar totalmente prontos para uma relação, seja profissional, pessoal ou familiar. Mas não podemos perder de vista que as relações estão lá para nos tornarmos melhores e não piores. Tudo o que se relaciona a um Casamento – quer dizer escolha, compromisso, respeito a si mesmo e ao outro – e a viver com o outro, não pode nunca ser confundido com aprisionamento.

Nem tampouco um novo emprego, uma nova posição, um novo negócio. Se assim for, vamos deixar de lado nossa essência, nossos desejos, nossos sonhos… E isso não quer dizer amar. A arte de amar, relacionar-se, comprometer-se, envolver com outro não deve ter um peso maior que a vida ou a evolução do ser. A vida é para ser vivida. É nossa para fazermos tudo de bom, de belo e verdadeiro. Os outros, o planeta, as relações, ficarão sempre mais possíveis quando isso for claro. E, então, casar ficará bem mais fácil.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Ter ou Não Ter Namorado???

"Quem não tem namorado
é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo.
Namorado é a mais difícil das conquistas.
Difícil por que namorado de verdade é muito raro.
Necessita de adivinhação, de pele, de saliva,
lágrimas, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.
Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil .
Mas namorado é mesmo difícil.
Namorado não precisa ser o mais bonito,
mas ser aquele a quem quer se proteger
e quando se chega ao lado dele a gente treme,
sua frio e quase desmaia, pedindo proteção.
A proteção dele não precisa ser parruda, decidida ou bandoleira,
basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado não é quem não tem amor,
é quem não sabe o gosto de namorar.
Se você tem três pretendentes , dois paqueras,
um envolvimento e dois amantes,
mesmo assim pode não ter um namorado.
Não tem namorado quem não sabe o gosto de chuva,
cinema sessão das duas, medo do pai,
sanduíche de padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho,
quem se acaricia sem vontade de virar sorvete
ou lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade.
Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida,
escondida, fugidia ou impossível de durar.
Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas,
do carinho escondido na hora em que passa o filme,
de flor catada no muro e entregue de repente,
de poesia de Fernando Pessoa,
Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar,
de gargalhadas quando fala junto ou descobre a meia rasgada,
de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia
ou mesmo metrô, nuvem, cavalo alado,
tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado,
fazer sesta abraçado, fazer compras junto.
Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor,
nem ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele,
abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e do amado e sai com ela para parques, fliperama,
beira d´agua, show de Milton Nascimento,
bosques enluarados, ruas de sonho ou musical do metrô.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele,
quem não dedica livros, quem não recorta artigos,
quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado.
Não tem namorado quem ama sem gostar,
quem gosta sem curtir, quem curte sem se aprofundar.
Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto
de ser lembrado de repente no fim de semana,
de madrugada ou no meio dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar,
quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações,
quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Não tem namorado quem não fala sozinho,
não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre
e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos,
ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar.
Enfeite-se com margaridas e ternuras
escove a alma com leves fricções de esperança.
De alma escovada e coração estouvado,
saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui
e sorria lírios para quem passar debaixo de sua janela.
Ponha intenções de quermesse em seus olhos
e beba licor de conto de fadas.
Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta
e do céu descesse uma névoa de borboletas,
cada qual trazendo uma pérola falante
a dizer frases sutis e palavras de galanteria.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu
aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar
e de repente começar a fazer sentido."
***Artur da Távola***

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Wind of Change

I follow the Moskva
Down to Gorky Park
Listening to the wind of change
An August summer night
Soldiers passing by
Listening to the wind of change

The world closing in
Did you ever think
That we could be so close,like brothers
The future's in the air
I can feel it everywhere
Blowing with the wind of change

Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow dream away
In the wind of change

Walking down the street
Distant memories
Are buried in the past forever

I fallow the Moskva
Down to Gorky Park
Listening to the wind of change
Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow share their dreams
With you and me

Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow dream away
In the wind of change
The wind of change blows straight
Into the face of time
Like a stormwind that will ring
The freedom bell for peace of mind
Let your balalaika sing
What my guitar wants to say

Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow share their dreams
With you and me
Take me to the magic of the moment

On a glory night
Where the children of tomorrow dream away
In the wind of change
 
(Scorpions)