sábado, 5 de março de 2011

A Difícil Arte de Sentir!

Eis aqui um texto escrito já há um tempo, mas que só agora resolvi publicar para seguir a linha de raciocínio do texto postado anteriormente.






 
Como é difícil sentir!!! Todos nós sofremos, temos alegrias, passamos por muitas e variadas situações em nossas vidas... no entanto, existem pessoas que sentem um pouco além do que a grande maioria. Sentimos angústia por algo que ainda não sabemos o que é, temos impressões boas ou ruins sem explicação aparente com relação a lugares, situações, pessoas! E como é difícil explicar o que sentimos!!! Como transformar em palavras nossos sentimentos, impressões, sensações... principalmente quando eles se referem a algo que ainda não aconteceu, a pessoas que ainda não demonstraram suas reais facetas, etc.??? É difícil demonstrar para os outros uma impressão sua enquanto ela é apenas uma impressão.

Há quem possa considerar isso implicância sem fundamento, ciúmes, “cisma” ou coisas do gênero, mas só quem é sensitivo assim compreende como nossas impressões são reais e como nunca nos enganam, são como uma espécie de proteção, que nos avisa para evitarmos perigo quando há e para investir em algo, quando isso será bom para nós!

Quantas vezes já me surpreendi tendo impressões ruins com relação a pessoas, por exemplo, sem motivo aparente; pois devo dizer que não houve uma vez sequer que essa impressão ruim não se tornasse uma constatação real. A questão é que quando sinto algo com relação a mim, já me afasto do problema e me protejo, agora quando essa sensação envolve outras pessoas, além de ser complicado explicar o perigo iminente a elas, é mais difícil ainda convencê-las a se afastarem, a se protegerem. É difícil ver alguém sofrer sem conseguir ajudar simplesmente porque a pessoa não leva a sério suas impressões.

Penso que sentir assim, por mais que possa ser dolorido às vezes, também é um presente, pois essas impressões podem te levar a um caminho bom. Para manter o exemplo de pessoas, não raro também, me aproximo de pessoas sem motivo aparente, mas algo me atrai para a companhia delas e essa convivência, que inicialmente não aparentava ter nada de excepcional, acaba se tornando um presente em minha vida.

Quanto a lugares ou situações, também é comum um conforto ou desconforto (aparentemente sem razão) quando vou a determinados lugares ou vivo determinadas situações. Muitas vezes não é compreensível para mim na hora, mas acabo descobrindo mais tarde.

Interessante notar que alguns lugares me transmitem algo bom, às vezes entro na casa de uma pessoa, por exemplo, e sinto coisas boas emanando daquele local. Porém, as vezes vou para um lugar e não me sinto bem naquela atmosfera. Legal é destacar que essas impressões não são apenas psicológicas, mas também há reflexos físicos. Alguns lugares me causam angústia como se eu estivesse vivendo uma situação de perigo ou presa em algum lugar fechado. Algumas pessoas me atraem como se fossem uma luz, me fazem me sentir como que recebendo um abraço carinhoso. Por outro lado, algumas pessoas causam em mim, com sua presença ou a simples menção de seu nome, um desconforto como se tivesse levado um soco no estômago. Estou sempre atenta a isso... não ignoro nenhuma sensação, pois sei que cedo ou tarde obterei respostas para elas. Estando preparada, as consequências das impressões ruins serão minimizadas e as consequências boas serão vividas em sua plenitude.

(M.O.)

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